quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O DOM DA ALEGRIA


Muitos tentam confundir alegria com uma sensação momentânea de bem estar.



Esse bem estar, quando na forma de prazer a todo custo ou de busca por uma euforia, acaba por aprisionar na esfera das emoções, a visão que o ser humano tem da sua vida. Tudo se resumirá em sentimentos, embora o Homem possa ir muito mais além e agir com suas outras capacidades mais elevadas. Não adiantará fugir das situações, enfrente-as! Não busque artifícios que anestesiem sua percepção ao problema.



Por isso, na procura de felicidade, não podemos nos deter somente nesses pontos, até porque também, os instantes de emoções agradáveis cessarão e teremos que encarar de frente nossas lutas. Nessa hora, o vazio volta à alma, como era antes.



A alegria, tão desejada pelo ser humano, está muito acima disso. Ela é um dom de Deus.



É algo que o Senhor concede, pois está Nele e não é só sentimento.



É fruto do Espírito: “o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade” (cf. Gl 5, 22).

Alegria que vinda do Altíssimo, transforma-se em nosso sustento: “a alegria do Senhor será a vossa força” (cf. Nm 8, 10).

A alegria foi anunciada a Maria, mas também a toda a humanidade pelo Salvador: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor é contigo” (cf. Lc 1, 28).



O próprio Deus é quem nos convida a participar da alegria que está Nele. Nessa vida ela não será perfeita, mas deve ser almejada, buscada. Terá que ser trabalhada, por vezes, abrirmos mão de algo prazeroso em vista do que realmente é valoroso. A felicidade é pautada em valores.



“As virtudes humanas são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeições habituais da inteligência e da vontade que regulam nossos atos, ordenando nossas paixões. Propiciam, assim, domínio e alegria” (cf. Catecismo da Igreja Católica, art. nº 1804).



O dom da alegria que vem do Senhor, é verdadeiro e é constante, porque se sustenta mesmo nos momentos de dificuldades. Paulo estava preso injustamente, nu, tinha sofrido violência e ainda assim louvava o Senhor. Foi essa alegria que o libertou e proporcionou a conversão do carcereiro (cf. At 16, 16-40). Ser feliz é aderir à vitória que Jesus já adquiriu e faze-la ressoar em nossa vida.



Peçamos hoje, esse dom maravilhoso, que é graça do Espírito Santo.



Deus abençoe!

Sandro Arquejada - Canção Nova