domingo, 24 de outubro de 2010

Virgindade! Pra que?

Virgem é aquilo que não foi violado ou que mantém sua característica original.  Comercialmente, lembramo-nos, dentre outros, dos equipamentos de informática, CD’s e DVD’s, e do óleo de azeite de primeira prensagem, isto é, sem a mistura com outro já refinado. Mas quanto ao ser humano, virgindade diz respeito a quem ainda não teve relação sexual.
Infelizmente, algumas pessoas formam uma imagem pejorativa ao associarem a condição de pureza de homens e mulheres na sua sexualidade.
A sexualidade do ser humano faz parte de suas instâncias mais profundas e está interligada a todas as dimensões: na física: o prazer carnal; no psíquico: bem-estar ou tensões durante e posteriores ao ato; e no espiritual: sentido de união e complemento com a outra pessoa.
Em nossos dias há uma mentalidade (impulsionada pela mídia, pelos sistemas de saúde e governos) que divulga pensamentos errôneos sobre a sexualidade, não levando em conta o humano no seu todo. Incentiva-se, principalmente os jovens, à perda da virgindade e ao conhecimento do corpo pautado somente nas sensações prazerosas proporcionadas pelo ato sexual, sem considerar o que existe além do físico. Para isso estampam virgindade e castidade como algo retrógrado, insuportável e impossível de ser vivenciado. Levam a maioria a questionar e a ridicularizar quem se declara ainda preservado na sua intimidade e desviam a atenção dos benefícios contidos em se guardar até um compromisso definitivo.
Perder a virgindade, motivado puramente pela busca de sensações carnais, pode acarretar consequências negativas no campo psicológico: pressões, culpas e medos, os quais a pessoa pode não estar pronta para administrar. E no espiritual: une fisicamente quem ainda não se identificou na alma como continuidade um do outro, o casal ainda não se assumiu nas qualidade e defeitos de ambos.
Ainda que homens e mulheres estejam sujeitos, em todas as suas dimensões, às consequências da iniciação sexual, no caso da mulher, o rompimento do hímem causa uma marca física, tornando a primeira relação muito mais impactante em seu emocional do que para o homem. E, além disso, ela coloca sua intimidade à disposição de um parceiro que, posteriormente, pode não mais querer com partilhar de sua vida, desvalorizando a entrega que ela lhe fez.
Somente dentro do matrimônio, gestado num namoro que trouxe a confiança na cumplicidade da pessoa ao lado, a vida sexual traz plenos benefícios para as três dimensões do ser: O amor e a amizade, impressos na alma durante a etapa de conhecimento, fornece aos afetos a segurança necessária para posteriormente haver a doação física. É a preparação do espírito, da mente e do corpo.
Por meio dessa entrega, homem e mulher não estão privados do que é bom e prazeroso, somente que aprendem a respeitar o tempo e o propósito de tudo o que foi criado por Deus, aguardando estarem prontos.
O Senhor está em tudo que é bom no ser humano!
Como vimos, optar pela virgindade até o matrimônio é compensador, pois assim, vivencia-se o sentido corporal da pureza, é prova de amor a Deus e a quem mostrou-se ser fidedigno de dividir o dom da sexualidade.
“Não lanceis aos cães as coisas santas, não atireis aos porcos as vossas pérolas” (Mateus 7,6).
E para aqueles que outrora, enganados pelos incentivos mundanos, romperam com esse santo ideal, a proposta da castidade faz com que voltem a participar de todos os méritos da pureza.
O Todo-poderoso acolhe e nunca condena ninguém; e mesmo que tenhamos vivido no erro, Ele vem a nós trazendo Sua Graça. Basta querermos participar do Seu Amor.
Espere a pessoa especial que o Senhor tem para você e viva, na época certa, toda a bênção no corpo, nos sentimentos e na alma.
Que Deus o abençoe!
Sandro Ap. Arquejada
missionário Canção Nova
sandroarq@geracaophn.com

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